maio 02, 2014

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"Versos Simples, mas que fiz de coração."

abril 11, 2014

Eu, ele e o Roberto...sempre.

Se você pretende saber quem eu sou Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na Estrada de Santos E você vai me conhecer
Você vai pensar que eu Não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade Só a velocidade anda junto a mim
Só ando sozinho e no meu caminho O tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda, por favor, me acuda Eu vivo muito só
Se acaso numa curva
Eu me lembro do meu mundo Eu piso mais fundo, corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da Estrada de Santos Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive e vi pelo espelho Na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi Eu novamente encontrar, oh
As curvas se acabam E na Estrada de Santos não vou mais passar
Não, não vou mais passar, oh

março 16, 2014

Na parede ou no chão

Sim, fiz a maior bagunça na cozinha... a manteiga derramou-se pelo chão e eu agarrei vigorosamente o pote ainda pela metade e joguei na parede. Está tudo sujo, como aquela vida cheia de coisa errada, mas que tanto faz consertar ou não. Eu devo mais uma vez me importar? Devo me dar o trabalho de carregar um peso muito maior que eu sobre as minhas costas para tentar colocar as coisas nos eixos? Hoje não.

Deixei lá. Tudo como está. Sujo e bagunçado. Não me importo mais. Em terra de cego quem tem olho deveria é furar seu próprio olho pra não ter que conviver com a cegueira dos demais que teimam em dizer que o céu tem somente a altura de dois metros e nada mais. Que nada vai mudar... que a vida é só o que é hoje e ficar onde está é ótimo e suficiente.

Ai como me doem as asas por não voar! Ai como me dói tanta coisa que eu não posso dizer... Que hoje eu vou ignorar, deixar como está e me prender somente na esperança das minhas palavras.

Eu não tenho mais o que dizer, mas quero ficar aqui nessa cápsula, meu abrigo por toda a vida.

Eu cumpro todos os meus deveres como pessoa responsável que sou e se encontro um motivo pra sonhar, lá vou eu, com minha letra e meu violão nas costas nessa vida solitária em que todo mundo já está acostumado a viver. Eu rio de algumas coisas.... um riso triste, das coincidências que a vida traz. Vez ou outra penso se estou mesmo dando valor ao que importa. Sei que um dia me importei como o que não devia e aqui estou, me consolando nesta cápsula. Mas ainda existem decisões a tomar, vou ver até onde dá...
Engraçado, "ver até onde dá" já está errado.