fevereiro 04, 2016

Estupefata

Vide Título. Foi a única palavra que encontrei para descrever este sentimento a respeito do que eu ouvi hoje. A história não foi minha, foi de terceiros, mas senti que de algum modo era minha também. Um sentimento de pertencimento inexplicável, ou de simples certeza de que fato parecido me ocorreria vindouramente. 

A cada dia temos menos tempo para sentir - as sensações e a vida passam de raspão na pele, como que um tiro que quase acertou. 
É atual, é moda, é "da época" ser o "ser da vida rasa. Passar os dias do trabalho, pra cozinha, pro sofá e cama. Nem o trabalho instiga. Nem a cozinha acolhe. Nem o sofá adorme. Nem a cama esquenta.
Mornamente vamos buscando sentido, tateando paredes, chãos, rostos...
E por quê, estupefatos, seguimos sem mudar o rumo?

Porque eu quero ver até onde vai a estrada entediosa, lisa, retamente desprovidas de curvas que me obrigariam por vezes acelerar e me entregar de alma inteira ao caminho. Por outras vezes reduzir e seguir cautelosamente. Então eu lembro que cada curva me traria a sensação de esquentar o sangue, arregalhar os olhos á espera da próxima surpresa.
Então, manter o percurso é o caminho?





fevereiro 01, 2016

5 minutos

Quero cinco minutos para respirar.
Respirar novos ares de paz e novidade
Novidade que chega de hora em hora, quando a gente não é inerte ao mundo.
Mundo devagar, porque já tive pressa.
Pressa nos passos largos em busca de mais.
Mais perto do fim dos cinco minutos.
Minutos.