Eu faço uma prece:
Moço alto do prédio
Estende seu olhar
Mira o horizonte verde à sua frente;
Eu estou ali
De volta, à sua procura
Encontra meus braços
Moço,
Pega a proxima condução
E vem pra perto;
Ouve a minha musica
Ela canta pra você
Se apresse, moço
Não pague com a mesma moeda
Escuta, sinta
Eu durmo agora
Antes da manhã, ainda o verei
Na pintura dos meus sonhos
No conforto de adormecer
Alto, moço
Pela manhã vou olhar
É quase domingo...
Se apresse, moço.
Amém.
"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."
outubro 21, 2010
outubro 18, 2010
Distração I
Eu caminho distraidamente pela rua. Eu me distraio com a paisagem do percurso até o ponto de chegada. Entrego-me aos detalhes das formas, desenhos, palavras, cores e do movimento do próprio mundo. Muitas vezes, por focar detalhes, eu perco o todo. Nada mais natural que deixar passar um amigo ou conhecido sem vê-lo. Hoje eu deixei passar quem não devia deixar apenas passar. Não me cairiam os olhos se eu apenas olhasse para a esquerda e não para aquela vitrine, mas eu o fiz por pura experiência – cientificidades inúteis para quem está desistindo de fugir das pessoas. Eu me distraio sem pensar que exista o homem mau ao redor, digo, o mal do homem. Tudo é paisagem de gente que vive como gente vive, nos seus atropelos diários, correrias de trabalho e fome de comer pastel engordurado.
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