abril 30, 2010

Choque de depois das três

Fui demitida.
Demitida por ser quem eu sou. Não porque fui incompetente ou negligente, mas porque sou como sou.
Tudo o que lutei por mudar foi em vão. Esmurrei as facas, sangrei as mãos pra nada.

Sei que estou fazendo drama demais, que estou agindo de maneira infantil, mas é aqui que posso ser assim, não é?

Quem entende minha tolice consciente? E a inconsciente?

Blog, blog meu... cá estou... a primogenita, mas ultima da familia... Olha minha irmã... mais nova, mas superior a mim em todos os sentidos... Olha fulana... ela parece tão mais feliz...

Enquanto eu luto por um começo, esbarro com fins por todo lado. Eis aí minha 'desvirtude''... esbarrar demais onde não devo.

Eis aí a minha nova dor latente....

abril 26, 2010

Posfácio...

...Eu quis encontrá-lo uma vez. Não foram duas ou três. Eu quis deixá-lo ali, tão confuso sobre mim quanto estive sobre ele. Eu resolvi não abraçar e mantive-me a uma distancia segura e confortável. Aqueles olhos me pareciam estranhamente desconexos, desconhecidos e distantes, os mesmos olhos que me enxergavam a alma.
Ele estava ali pelos motivos que me mastigaram o espirito durante os ultimos meses. O motivo era lerdo, languido, irritantemente imperfeito, mas ele estava ali apenas por isso. Não por mim, não pela situação.
Os meus sentidos corriam tanto que meus pés não os podiam alcançar. Aquela eternidade que não passava já me fazia mal, causava cefaléia, enjoos e muita, muita impaciencia. O momento seguinte me parecia muito mais convidativo...
Eu saí, e espero não voltar nunca mais. Espero que tudo se acerte, ele se acerte, pra bem longe...

Nionella Brissant

abril 07, 2010

Dá pra acreditar nisso?


''Dias em que tudo dá errado'' - lê-se: minha semana atual.... Deu vontade de listar... pra ver se passa a raiva... ''Verbalize o que sente!''


Em pleno domingo de Pascoa:


Me bateu a tristeza. Enquanto todos se alegravam eu me lembrava de algumas coisas que me entristeciam. Nem aproveitei o que devia.


Segunda-feira:


Tinha reunião na empresa antes do expediente... Me esqueci totalmente. Cheguei la na maior inocência e só percebi depois que cheguei à minha mesa. Levei um esporro da gerente. O pessoal todo ficou meio de cara virada comigo.


Tinha dois trabalhos da faculdade pra terminar e acabei saindo do trabalho meia hora mais tarde, logo, meia hora menos pra fazer o trabalho. Pelo menos o professor mudou a data de um dos trabalhos.


Perdi o onibus na volta da faculdade pra casa, porque a droga do motorista resolveu sair 2 minutos antes do horario e justo nesse dia, eu tinha levado o violão. Chovia.


Terça-feira:


Pressão total no trabalho...atender, anotar, entrevista ao cliente, telemarketing, horário...saí mais tarde novamente.


Festinha de fim de expediente. Eu estava na loja dos meus pais e bem na hora q eu me preparei pra voltar à empresa onde trabalho, o céu despencou de chuva.


Quando estiou, tudo em volta da loja estava alagado. Meu pai colocou uma tabua pra q eu atravessasse a poça. Saí e mais à frente tinha que atravessar outra poça pra que alcançasse a calçada. De ceramica. Eu de salto. Pulei, e o salto escorregou, eu caí de costas, me molhei toda, além de quase ter quebrado a perna ou batido a cabeça violentamente contra o chão. Meu sapato foi parar longe... Levantei, e mancando, voltei pra empresa.


Tinha o resto de uma torta, muito gostosa por sinal... A gerente estava numa conversa muito seria com algumas das funcionarias. O guardinha e o esposo da gerente, que estavam comigo, tentavam me convencer a namorar com o meu colega estagiario....


Olhei o relogio, quase perdia o onibus pra faculdade. Corri sob chuva torrencial para o ponto de onibus. Estava frio, e a cada minuto, pior ficava a chuva.


Tive prova na faculdade. Mal sabia o assunto. Improvisei.


Esqueci de mais uma vez devolver o livro da biblioteca. Lá vem multa.. e eu já contando as nicas, de tao mal financeiramente que estou...


Não perdi o onibus de volta pra casa; mas ele resolveu só ir até metade do caminho, alegando que a ladeira que conduz ao meu ''bairro doce bairro'' estava intransitavel para os ''lindos e impecaveis onibus feitos de algodao doce'' da empresa (e fui muito ironica nas aspas). Tive que gastar o dinheiro que não posso gastar pra ir de táxi.


Quarta-feira:


Na madrugada chove... e tem uma goteira bem sobre a minha cama.



Amanheceu chovendo muito. Fui pro trabalho à pé, não quis confiar em esperar o onibus. A chuva me molhava, o guarda-chuva se quebrava e o sapato escorregava do pé (eu que ainda estava doída da queda do dia anterior, tinha que equilibrar no sapato que escorregava tanto sobre a lama quanto sob os meus pés).



Fiquei a hora do almoço inteira e ate agora estou atualizando a todo momento o site do instituto responsavel pelo concurso do qual participei. Hoje sai (sairia) o resultado, mas ate agora nada.


Fui pegar o onibus pra ir em casa. Perdi. Corri pra alcançá-lo. Alcancei, e tentei correr até o proximo ponto. Imaginei que o motorista seria compreensivo a ponto de perceber que eu, uma senhorita magricela, com salto, sacolas de compras na mão, estava realmente desesperada pra nao perder aquele onibus, pois o meu bairro é distante e ladeiroso. O maldito fez sinal negativo, passou direto. Geralmente os motoristas desse horario me conhecem e parariam, mas, é aquilo, azar puxa azar e justamente essa semana - hoje - era um motorista novato, que eu nunca tinha visto.


...por enquanto é isso... mas a semana está só na metade. O que me espera ainda?


Putz, escrevi mais do que imaginava....