novembro 15, 2016

àguas

Que sonho! era eu num navio gigantesco. 
Quando eu me voltava para o lado direito, o mar estava calmo, numa eterna serenidade azul, entediosa, confesso.
Ao olhar para o lado esquerdo, as ondas estavam agitadas, mas ainda eram um azul transparente que me permitia ver animais marinhos de todas as espécies que se moviam como que numa dança ensaiada. A luz do sol refletia na água e multiplicava-se em cores vívidas e eu me debruçava na proa para poder ver tudo isso mais de perto. Tinha cheiro e frescor de vida.
Quando dei por mim, eu já não era eu, mas era um animal marinho. Queria com todas as minhas forças (e precisava por questão de vida ou morte) escolher um dos lados e me atirar. Tive medo por nunca ter me lançado em águas tão profundas, e pensei que seria muito mais fácil me lançar nas águas tranquilas da visão à direita. Mas, por algum motivo não fui. Meu desejo era o lado esquerdo, onde tudo era mais bonito, maior e poderia me fazer sentir viva ao desbravar o desconhecido, sem limites.  
Acordei antes de me decidir e me aventurar nas águas.
Quais sensações me esperariam? 
#pensandosobre


novembro 02, 2016

Dúvida

Quem ainda escreve cartas?