dezembro 12, 2008

A arte perfeita: de onde vem?


Adoro as palavras...gosto como elas vão se distribuindo no papel - ou tela..hehe - e de repente formam uma combinação celestial ou não..
Adoro poesia...adoro musica...

Ontem, quando encostei a cabeça no travesseiro, assim do nada, me veio à mente a pergunta: De onde os grandes mestres da musica e da literatura retiram tanta beleza e tanta poesia? Eles conseguem encontrar em tudo um motivo pra escrever...fazer aquilo que aparecentemente não tem valor vestir uma bela roupa e tornar-se nobre...

Acredito que são poucos os que têm esse dom. Agora me vem á mente a obra de Carlos Drummond, ''No meio do caminho''...putz...porquê qualquer pessoa normal iria escrever sobre uma pedra que estava no meio do caminho?

Reside aí a genialidade do escrever...criar poesia a partir do nada...partindo daquilo que não parece rimar...


Não há novidade em escrever sobre grandes amores ou desilusões - longe de mim estar menosprezando os que seguem essa linha. Digo apenas que não há novidade nisto e só. O amor já é lindo em si e não precisa de mais balangandãs. O grande desafio está em fazer do simples o maravilhoso, o suntuoso..

Citando o grande mestre Tom Jobim...''É pau é pedra, é o fim do caminho, é um resto de toco, é um pouco sozinho...'' . Consigo ver em Águas de março um pouco de tudo...a simplicidade quando cita fatos corriqueiros do dia a dia, o requinte na disposição das palavras, o sentimento - que me parece um pouco de tristeza talvez fingida, talvez real - e o melhor....a visão do todo! Todas as palavras cantadas são um ciclo, um fato que leva a outro e que se repetem e somam-se às águas de março, o fim do verão...deixando apenas a solidão e a esperança de um proximo verão - a promessa de vida... Bem..essa é só a minha percepção...hehe

Mas, assim..to mergulhando mesmo nesse mundo...pra tentar absorver ao menos um pouco dessa genialidade...meeeu sonhoo!!!

ah..na vida..tudo é relativo...

Um comentário:

  1. E eu, estou adorando vir aqui e ler os teus arranjos de palavras, como bouquets de flores, em várias cores.
    Izolita, tens talento.

    Carinho, sempre.

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