abril 26, 2010

Posfácio...

...Eu quis encontrá-lo uma vez. Não foram duas ou três. Eu quis deixá-lo ali, tão confuso sobre mim quanto estive sobre ele. Eu resolvi não abraçar e mantive-me a uma distancia segura e confortável. Aqueles olhos me pareciam estranhamente desconexos, desconhecidos e distantes, os mesmos olhos que me enxergavam a alma.
Ele estava ali pelos motivos que me mastigaram o espirito durante os ultimos meses. O motivo era lerdo, languido, irritantemente imperfeito, mas ele estava ali apenas por isso. Não por mim, não pela situação.
Os meus sentidos corriam tanto que meus pés não os podiam alcançar. Aquela eternidade que não passava já me fazia mal, causava cefaléia, enjoos e muita, muita impaciencia. O momento seguinte me parecia muito mais convidativo...
Eu saí, e espero não voltar nunca mais. Espero que tudo se acerte, ele se acerte, pra bem longe...

Nionella Brissant

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