novembro 10, 2015

Rascunho.1


Costumeiramente eu paro para analisar a vida. Eu reparo bem onde estou, quem está à minha volta e o que estou fazendo. Dessa análise, eu sempre rabisco rascunhos, vou tecendo mil pensamentos e quando algo me angustia e percebo que tá tudo errado, eu penso em largar tudo e sair correndo para qualquer lugar distante.

Eu sempre achei que quando eu fosse adulta, mais velha e madura ou ainda, quando eu fosse "independente" seria muito mais fácil mudar assim radicalmente. Sempre achei que escreveria minha história sem nenhuma curva... sem dúvidas que colocariam à prova tudo o que acredito como verdade. Que só o fato de eu tomar a decisão de mudar em relação a algo, faria com que tudo mudasse.

´Mas não. Aquilo de definimos como "usar sapatos apertados" nos segue com mais intensidade ainda quando somos adultos. Há um tempo atrás tomar certas decisões, fazer certas loucuras não seria tão absurdo. Diriam: "Ah, ela é apenas uma adolescente, por isso agiu assim."

Hoje há tanta coisa em jogo... mas é insuportável caminhar com um bigorna enorme presa aos pés. É insuportável não poder ser autêntica, livre...ou ser livre demais, quando não deveria ser.

Eu continuo aqui fazendo mil cálculos. Sonhando voar mais alto... Desejando ardentemente viver muito além do que vivi aqui, nos meus dias-a-dia de casa pro trabalho e do trabalho para a igreja. Eu continuo aqui com os olhos brilhando quando vejo alguém que simplesmente foi e fez não ficou adiando sua vida para sempre.

Meu diário de viagens? Não tenho um, mas se tivesse estaria praticamente em branco.
Eu não quero só viagens. Mas, "eu gosto do gosto da coragem, a melhor viagem é seguir a trilha que eu abri." Seria algo por esse caminho.


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