fevereiro 11, 2010

Anexo I

No mundo não existem pessoas perfeitas.
Não existem lugares perfeitos nos quais possamos nos abrigar do pecado original do mundo.
Estamos aqui, à mercê do reflexo dos atos humanos.

Não existem certezas no que se chama vida. Tudo é muito relativo, e o que em minha opinião é absurdo, a outrem é totalmente plausível.

Todos têm seus valores e padrões. Somos dirigidos, orientados e cegamente levados por eles a ponto de renunciar nossa co-humanidade e solidariedade com o outro para apenas imputar a ele culpa.

Julgamentos muitas vezes são desnecessários, ou sempre. Sua forma individual, fruto da sua criação e experiências, a mim não compete dizer que é errada ou que é completamente certa.

O ser humano é completamente relativo e na maioria das vezes volúvel, imprevisível. Muitas vezes já fugi dos meus padrões e não me arrependo. É bom se enxergar assim, as vezes, como um total desconhecido, sem previsão alguma de onde os seus atos vão te levar.

Eu tenho o sonho de ousar. De criar. De voar. De andar com as próprias pernas. De construir minhas colunas e erguer o meu ‘edificio’ de uma forma mais livre, sem amarras, pré-conceitos, sem que a criança e adolescente boba que fui me seja lembrada e imposta a todo momento por aqueles que insistem em tratar-me como se ela eu ainda fosse.

Precisamos nos levar e não apenas nos acompanhar. Quem acompanha é frágil, é passivo, é apenas observador. Não é o agente da história. Melhor é aquele que determina caminhos, desvia dos obstáculos e ainda tem o prazer de chegar primeiro ou pelo menos ser o primeiro a pisar no tapete que fica à porta, onde está escrito: ‘’seja bem-vindo’’ ou ‘’parabéns, você venceu’’.

Um comentário: