fevereiro 19, 2010

Pe la ma nhã

Eu não vou ceder à vontade alheia. Permaneço até que eu mesma tire a prova real.
Não estou sentada à porta com a perna esticada para que as coisas boas tropecem e não aconteçam.
Eu não sou totalmente certa. Angustiantemente e aos poucos, vou descobrindo para que lado seguir.
Cansei de reflexões existecialistas. Quero parar com isso. Eu não sou um livro de psico-filosofia!
Mas como trazer meus pés ao tátil?
''Hoje de manhã acordei e pisei os pés descalços sobre o chão branco gélido. Por algum motivo bambeei e, para não cair, apoiei-me na cabeceira da cama. Fiquei pensando por qual motivo me senti ainda cansada, mesmo tendo dormido horas o suficiente. Seria um cansaço interno, sentimental, desgasto pela procura/espera ? Fui para o banho e a água quente recobrou a temperatura dos meus pés, roubada pela frieza da cerâmica. Vesti o mesmo uniforme, penteei os cabelos da mesma forma, usei a mesma forma de maquiagem básica. Segui pelo mesmo caminho ladeiroso e muito simples margeado de casas pobres e cães ainda despertando da madrugada. Olhei para o alto daquele predio de dois andares, com os olhos espremidos por causa da claridade do sol e feliz por não ver ninguém lá. Quis comprar uma bebida energética, mas, precisaria enfrentar fila para pagar e por isso segui meu caminho, com a boca sedenta do tal liquido gelado e revigorante. Eu procurei em outros lugares e não o encontrei e mesmo que o encontrasse, assim, dessa forma, ele não teria o mesmo gosto. Cheguei à porta de vidro. Adentrei. E assim começou mais um dia...''

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